"Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade".
(Frida Kahlo)

quarta-feira, 11 de março de 2009



Já é mais do que comprovado que a arte é mais do que devaneios subjetivos e sim a representação da realidade da época em que ela é gerada. E a música, uma das vertentes mais populares da arte é a prova viva dessa projeção de cultura e comportamento.



Levando essa idéia para o gênero mais fantástico e expressivo de toda a história da humanidade, o rock'in'roll ou rock como é mais conhecido, é um verdadeiro panorama de como a sociedade e a música atravessaram o tempo, uma apoiada à outra.


Com referencias que vão do blues, jazz ao cowntry, de essencia pop e tendo como público a juventude, o rock foi responsável pela ruptura com senso comum; um verdadeiro atentado à mesmice e a erudição.


É claro que esse assunto é cheio de detalhes importantíssimos que não devem ficar de fora da história. Por isso a minha idéia é a de dar um panorama geral da coisa e especificar nos próximos textos sobre os sub gêneros.


Seguindo o raciocínio, o boom do rock se deu naqueles famosos bailes dos anos 50. De conteúdo acessível, aquele famoso bordão ''garoto que ama a garota'', e de outras coisas do imaginario jovem: carros, festas, etc. Somando à isso, a necessidade da juventude andar em grupos, o que em seguida deu início aos primeiros movimentos, como movimento mod e os rockers, que vão ser de grande influencia na fundamentação de outros sub generos. Alguns expoentes dessa fase são Chuck Berry, Elvis, Buddy Holly...


Alguns anos depois, no auge da beatlemania, começou a surgir a necessidade das bandas testarem os seus limites e criarem novas tendencias. Isso por volta de 66/67. Dando destaque para Pink Floyd e levando os Beatles a se firmarem de vez no cenário musical. O que ficou conhecida como a era da psicodelia;Numa época de tensão política,e grandes festivais, a postura e os temas eram políticamente corretos e as musicas bem mais rebuscadas.


Mas não se pode esquecer das bandas de garagem que estavam surgindo em cada esquina, com sua maneira própria de fazer música, com elementos de blues e o barulho que já era uma prévia do que viria mais tarde.


E esse mais tarde chegou por volta de 76 com o punk. O punk foi um salto epistemológico da coisa.Uma verdadeira revolução. A idéia e o som dos anos 60 já não eram o sufuciente, já não dizia o que as pessoas queriam ouvir. Não havia pretensão alguma em ser contido ou políticamente correto. Tinha que ter barulho, denúncia e palavrão. Algumas referencias: Clash, Ramones, Pistols,Television...


E no mesmo compasso rápido das musicas de dois minutos, logo no início dos anos 80 o punk deu vasão pro pós punk, gótico, etc. Aquele clima obscuro de decadencia, de segunda geração romantica e densidade. Ainda houveram alguns focos de referencias rockers, como o psicoblilly, mas nada tão expressivo; o mundo tava muito cinza pra algo ser expressivo...


E por fim, os anos 90. noise e cidade grande, fumaça, transito, transiçao. Fim? É o que eu desejo descobrir, e assim espero, nos próximos textos.


Ficaram de fora também algumas coisas, como o Glam, e o metal, mas que também vão ser escritos com carinho em breve.

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