Em noites assim dá vontade de me misturar com o tecido do meu colchão. Que ele envolva o meu corpo, de maneira que fiquemos uniformes. Beje, sem vida e sem sonhos.
Que me esconda além dos momentos que eu estou sob ele, para que não precise mais absorver secreções oculares e nem sentir o peso da minha dor.
Assim, poderei ser pluma, mola, espuma, seja lá o que for. Qualquer delicadeza que arranque um suspiro ou sorriso alheio. Qualquer bom porto para um descanso. Qualquer escape, para noites como esta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário