Voltando pra casa depois do expediente na imprensa da Feira do Livro e aquele engarrafamento. Mas não é só mais um dos que acontecem no início da noite. Eis que na feira da Marambaia tem um corpo caido no chão. Dois tiros. Um não pegou e o outro acertou a testa. Seria acerto de contas, assalto com refém ou rivalidade entre aviãozinhos? Todos tem muitos olhos para observar a cena, mas nada querem dizer.
Me aproveitei da credencial da feira. "Licença, eu sou da impresa, vocês sabem me dizer o que aconteceu?"
Meia duzia de "não sei, cheguei agora", e uma mulher diz: "A mãe dele veio aqui, mas não aguentou e foi embora". "Sabe dizer o nome?". "Não..."
Ligo pra redação. "Olha, mataram um".
A polícia chega. Páginas policiais no corpo do falecido. Sangue no meio fio, misturado com penas de galinha.
Alguém quebra o silêncio. " O cara que matou ele dobrou praquela rua e tá num quiosque de placas". Se eu quiser, que vá conferir, mas não sou tão Tim Lopes assim...
A imprensa credenciada de diploma chega. Flashs, e aquelas mesmas respostas furadas são dadas pelos "cana".
Ainda não chegou a minha vez. Mas não vejo a hora.