"Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade".
(Frida Kahlo)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Estrelas do rock.



Eles sempre foram mais meteoros do que estrelas, em vôos razantes e de peito aberto para a loucura, para os sentidos.Com suas excentricidades, nos proporcionaram a descoberta do ser de carne e osso, sem limitações morais ou éticas.

Foram eles que mostraram que existe música boa com três acordes, sinestesia musical e letras sem sentido,com todo o sentido.Suas músicas refletiram os anceios da juventude da época, ou os seus próprios. Como uma espécie de vanguarda pessoal, ou um salva vidas. o mundo era a fome, e a música era o alimento.

De lá pra cá muita coisa rolou, e hoje, quase 60 anos depois, quando a gente senta no sofá da sala pra ouvir um vinil, ou quando se abre uma revista de música qualquer, a pergunta surge: Pra onde foi o rock'n'roll e seus grandes astros?

A explosão das informações e da tecnologia deixou a coisa mecânica demais.eletrônica demais.

A nova estrela do rock é um andróide paranóico, cada vez mais frio,distante, eletrônico. Talvez esteja tudo certo, porque assim como os outros, ele espelha a juventude de hoje: consumista, egoísta, cega, surda e muda.

Agora não existe mais instrumentos pelos ares, guitarras pegando fogo,morcegos de sobremesa e certidões de casamento rasgadas no palco. A ultima grande estrela caiu em 1994; não aguentou o que tinha por vir. O que resta é ficar com cara de velório, esperando a ressureição no terceiro dia.